Estava eu voltando de São Paulo, após dois maravilhosos
encontros-almoço com o “pessoal da antiga”, com duas maletas (ou bolsas)
prenhas de livros doados pela Cidinha e pensando em comprar uma revista ou um
jornal para aguardar as duas horas que faltavam para o meu voo.
Na verdade, antes de pensar em comprar alguma coisa para
ler, estava mesmo e lamentando o tanto de livros que deixei para trás, por
excederem o limite de peso.
Então falei (para mim mesmo, é claro): caramba! 20 quilos de
livro e será que nenhum, mas nenhum deles serviria para me ocupar nas próximas
duas horas. Sim (respondi, para mim mesmo, em pensamento).
Usei um critério científico. Escolhi um fino e não muito
pesado (477g), conveniente para a situação. Foi sorte e ele se incluiu, quase
que por vontade própria, de maneira muito oferecida, na minha lista dos “que
estou lendo”, simultaneamente. Eis, então, que fui apresentado à “Condessa de
Barral – paixão do Imperador”, de Mary Del Priore. “Mesmo casada, estabeleceu um relacionamento
de décadas com o monarca”. E ninguém me contou nada?
O livro é interessante porque a Mary (que intimidade, não?)
fala das coisas como eram, na época. Começa contando a história de Barral,
mesmo antes de ela nascer. Tudo é história tudo é com base em documentos. Mary
é pós-doutora em história. Mais de 20 livros sobre a História do Brasil.
Inúmeros prêmios. Eu acredito no que ela escreve e gosto. Sinto como se eu
estivesse vendo e sentindo as coisas acontecendo. Muito bom. Estou na metade e
recomendo. Eu já sei que esse livro será daqueles que quando acabar ficarei com
a sensação de “quero mais”, “que pena que acabou”.
É uma edição da Objetiva e (muito chato isso (1)) não encontrei
o ano de edição!
Olha a capa do meu exemplar. Não gosto da cor e acho que a
arte escolhida faz passar batido.
Condessa de Barral: a paixão do Imperador
Objetiva
2008
ISBN: 978-85-7302-923-9
260 páginas
497g
|
(1) Obs.: quando acabei de ler encontrei a ficha catalográfica, na última página! E sobre o livro, melhor do que imaginava. Fiquei com saudade. Com pena de ter acabado. Muito bom! Muito bem escrito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário