Em duas ocasiões resolvi estudar Jean
Piaget. A primeira quando começaram a nascerem os meus filhos. Influenciado por
pessoa próxima me convenci da necessidade de saber mais sobre o “método
Piaget”.
Nesse campo do conhecimento, Lauro de Oliveira
Lima (conhecido pedagogo brasileiro), criou uma escola - A Chave do Tamanho
- baseado no pensamento
piagetiano. Lá, as crianças, tudo podia. Foi centro de muita polêmica,
por contrariar "princípios" adotados na maioria das escolas da época,
fruto de uma sociedade, autoritária conservadora e repressora, para tudo o que
se referisse á educação de crianças e jovens.
Meus sobrinhos estudavam lá e eu, mergulhei
em tudo que foi possível para entender essa coisa (lembre-se que, na época,
nada de Google!).
O outro
momento, alguns muitos anos depois, quando me convenci que havia passado da
condição de “estar professor”, para a condição de “sou professor”.
Esse livro é
dessa época (está no meu acervo). É um tanto técnico, mas permite extrair-se
bastante coisa para aplicação na rotina da profissão de educador. A professora
Terezinha Nunes Carraher apresenta uma forma de avaliação que desconsidera
padrões de contagens numéricas, de quanto acertou e quanto errou. Lembra dos
testes para avaliar o Q. I.?
Uma
curiosidade: por inibição, ou por insegurança, sempre me posicionei como
“facilitador da aprendizagem” em substituição ao formal título de professor.
Muito tempo passado, descobri que Piaget dizia, mais ou menos, que o professor
não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Para ele, nesse
processo, o que ocorre é uma troca. Todos ensinam, todos aprendem: alunos e
professores.
Outra obra,
muito interessante e criativa, abordando os conceitos de Piaget, é o livro da
professora Fernanda Barcellos. Esse é mais simples de ler, embora, ela na
apresentação do livro, afirme "É tão difícil entender Piaget".
No caso do
livro dela, as coisas estão muito bem explicadas, cada etapa, muitos desenhos,
desde o primeiro capítulo que, não por nada, ela chamou de "Conceitos
Básicos".