O homem ao quadrado
1975
311 páginas
409g
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Seu estilo é
muito próximo ao que faz, hoje, Luiz Fernando Veríssimo: além dos textos de
humor criativo e refinado, foi um frasista notável e arriscava desenhar as
ilustrações de seus livros.
Vivendo de
humor, encerrou sua participação nesse grande espetáculo, que é a vida, como
protagonista de uma tragédia. Foi assassinado, por mando de um marido traído,
em 1987.
Nasceu no
Cairo, Egito e veio (trouxeram) para o Rio de Janeiro aos 10 meses. Dizia ser,
portanto, “cairoca”.
Começou cedo
no jornalismo, 19 anos, e como os de sua espécie, jornalista/escritor dos anos
40, 50, 60, fez de tudo um pouco: roteiro para filmes e programas de rádio,
secretário de redação, livros, crônicas, poemas (humm...), etc.
Não tem uma
obra vasta, foram poucos os livros, porém, leitura leve e divertida. Foram
eles:
- O Homem ao Quadrado (1960)
- O Homem ao Cubo (1963)
- A Mulher em Flagrante (1965)
- O Homem ao Zero (1967)
- 10 em Humor (1968, em conjunto com Millôr Fernandes, Stanislaw Ponte Preta, Fortuna, Ziraldo, Jaguar, Claudius, Zélio, Henfil e Vagn).
No meu acervo, lá do Livronauta, tem o
primeiro: O Homem ao Quadrado, 4ª
edição, 1976, autorizada para o venda exclusiva pelo Círculo do Livro.
Uma amostra
da produção do Leon:
VOCÊ É DISTRAÍDO?
1 - Você costuma reparar quando sua
mulher, noiva ou namorada põe um vestido novo?
3 - Você costuma se lembrar, exatamente,
em que pedaço do filme chegou ou tem que ver mais um pedacinho?
5 - Você costuma, todo ano, cair no dia
primeira de abril?
2 - Você tem o hábito de atravessar a rua
sem olhar para os dois lados?
4 - Você costuma conversar com uma pessoa
durante horas, sem prestar atenção, tentando descobrir de onde é mesmo que você
a conhece?
CONCLUSÃO: Se você respondeu
"sim" ou "não" a qualquer destas perguntas, isso não tem a
menor importância; mas se você não reparou que a numeração deste último teste
está completamente alterada, então, meu caro, você não é um distraído, é mais
que isso: é um ceguinho. E daí, vai bater?
Da seção de
Consultório Sentimentais, de um jornal:
Cartas:
— Sou branca, meu marido é branco e
tivemos um filho preto. Como o senhor explica isso?
(Jandira - Ceará)
— Lamento muito, mas quem tem de se
explicar é a senhora. Vocês que são brancos que se entendam.
Como costuma acontecer, hoje, se fala muito pouco dele. Uma pena.
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