Na nossa vida algumas coisas são
bem pessoais. Muito pessoais. Cueca, por exemplo. No meu caso, homem, cueca e
pessoal e intransferível. Nem gosto de olhar a de outras pessoas, nem dos meus
filhos. Defeito de criação, preconceito, ou seja lá o que for.
Tem outras coisas que classifico
como pessoais, intransferíveis, insubstituíveis. Vamos ao “causo”.
Na semana seguinte ao Carnaval eu
viajei e fiquei cindo dias longe do meu reduto. Foi tudo muito legal, foi tudo
muito bom. Encontrei com pessoas que eu gosto e viajei acompanhado de pessoas
que, também, gosto muito.
Mas, os momentos finais foram de
sofrimento. Não é questão de idade, coisa nenhuma. Sempre fui assim. Vou já pensando na hora de voltar.
Cheguei em casa e alcancei o
alívio. Melhor dizer, dois alívios. Explico.
Alívio um: meu micro, minhas “caixas
de entrada”, acessadas com o meu teclado e o meu mause (não é “mouse”, não!). Sinto
dificuldade e angustia ao usar micros de “terceiros”. Tudo é diferente e não
acho as coisas, os ícones, que preciso. Minha mesa, minha cadeira, meu monitor,
minhas caixinhas de som, o calor infernal do meu “escritório”.
Alívio dois: o vaso sanitário, da
minha casa, seja qual for a casa do momento, é único, confortável, amistoso,
cheiroso (quase sempre). Cinco dias de saudade. Nesse período cometi algumas
traições, pois não dava para segurar por tanto tempo. Na hora que cheguei, nem
precisava dos serviços dele, mas só em vê-lo deu um baita alívio.
Aí, essa história toda, me faz lembrar da velha questão Preço
X Valor.
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