Moro a 500m de uma praia, muito bonita, muito agradável. Digo ao mundo, em geral, que são 300m, para causar mais impacto e inveja.
Fico imaginado os meus amigos paulistas (muitos) e meus amigos mineiros (mais, ainda), que moram muitos quilômetros distantes do litoral. Pena!
Estou nessa situação privilegiada há, aproximadamente, cinco anos.
Nessa praia, Camburi, estão as barracas-perdição, com um cardápio de médio para fraco, chuveiro para os banhistas, um tanto meio que não muito bom e sanitários para qualquer um que “ninguém merece”.
Esse é o meu “banho de bar”.
Nesses, quase, cinco anos, entrei no mar, naquela água salgada e, sempre, fria duas vezes! Não gosto de água fria, não gosto do sal da água, não gosto de areia acumulada junto com as “minhas coisas”. Gosto mesmo é do “banho de bar”.
Fico lá, lendo um dos cinco livros que sempre estou lendo simultaneamente, próximo do chuveiro para melhor “apreciar a paisagem”. Misturo umas cervejinhas (R$ 4,00) com uma porção de camarão, por R$ 10,00, ou pedaços de peixe (gurjão?), por R$ 15,00.
Depois de tentar avançar a leitura do livro de plantão (consigo, no máximo umas cinco páginas), volto para casa com a segurança de que deixei de cadastrar um tantão de livros no meu acervo.
Saio prometendo que vou me dedicar mais à minha nova atividade empresarial/intelectual e, passados alguns dias, estou de volta à mesma mesa, da mesma barraca.
E é assim que me sinto feliz, por não ter compromisso com o definitivo, com a obrigação, com comandos e controles (e alunos, redundantemente, chatos).
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