sexta-feira, 30 de março de 2012

Os amigos voltaram


Recentemente, retomei o contato com alguns amigos, pessoas com as quais convivi e compartilhei momentos importantes da minha vida, em passado não tão próximo.

Em todos os casos, aparentemente, encontrei-os em situação melhor do que quando eu deixei. Deixei no sentido de que eu voltei a morar em Vitória, depois de 16 anos de São Paulo e eles, que são de lá, lá ficaram.

Em um desses daria história para novela ou livro de sucesso, com o tema, se eu pude reconstruir minha vida, você também pode! Se escrita como ficção, muitos diriam: não acontece na vida real. E aconteceu!

Esses reencontros fizeram com que eu gastasse um bom tempo para digitar mensagens e mais mensagens combinando troca de arquivos, dicas, encontros, almoços, etc. (que ocorrerão em maio próximo).

Isso me fez divagar sobre a grande mudança na forma como estão ocorrendo nossos contatos e as nossas relações pessoais, ao longo desses últimos 20, 30 anos.

Na “minha época” a gente dizia “estou ligando para lhe contar...”. Também, escreviam-se cartas para amigos, amigas e namoradas (tinha anexos!). Hoje, a gente escreve, muito, numa linguagem própria e nem passa perto do correio. Encontros são realizados via skypes da vida, bancos são visitados virtualmente, livros novos ou usados são vistos, lidos e comprados de longe, sem tocá-los, etc., etc...

Então, hoje, “estou ligando para contar” que, entre um “banho de bar”, um passeio com o Chico (um pastor alemão, que pensa ser um pequinês), uma ida ao Shopping Alvares Cabral para um chope com camarão e ver aviões pousando, resolvi vender meus livros, que fui juntando ao longo de muitos anos. A maior parte comprada em sebos de São Paulo.

Não quero vender todos, mas a maioria entrou no “corredor da morte”. Ficarão aqueles que guardam alguma relação com emoção, sentimento, amizade.

Comecei no início de novembro do ano passado e passei a me divertir com essa atividade de “empresário do ramo de vendas por meio eletrônico de livros seminovos”, ou seja, sebo online!

A coisa vai indo e tenho vendido muitos livros (“muitos” não diz muita coisa, não é mesmo?). Já sou conhecido do pessoal dos Correios: quase todos os dias estou por lá. 

Agora, estou diante da situação de ter gostado e querer continuar. Não se trata de vender os meus livros. Trata-se de vender livros, pronto. Para isso, entre várias coisas, três são fundamentais: preciso ter livros que atraiam clientes; preciso que os clientes potenciais saibam que eu tenho esses livros; preciso encontrar esses livros para comprar!

Para vender tenho o suporte e a divulgação do meu acervo pelo Livronauta, um portal de agregação de livreiros e sebeiros, muito bom. Quem não foi até lá não sabe o que está perdendo (fazendo o meu “merchan”).

Então mãos à massa: dê uma olhada nas estantes, prateleiras, no banheiro, nas gavetas, etc. e livre-se desse incômodo de ficar guardando livros que não lhe servirão mais. Eu farei o “favor” de recuperar muitos espaços, perdidos em sua casa com essas inutilidades e levar a alguém a leitura que ela procura, precisa, deseja.

Vamos lá. Todos. Arrumação já.

Visite meu acervo: Luiz Cesar Livros



Um comentário:

  1. Sou uma leitora assídua desde muito nova e por isso aos 15 anos eu devia ter uns muitos livros que por um surto psicótico doei gentilmente à Biblioteca de uma escola que estudei. Anos depois e como hoje, lamento profundamente essa minha atitude solidária, pois a gente não dá, não doa e não abre mão daquilo que ama de coração e inversamente proprocional a esse amor, foi a atitude de ser politicamente correta que me fez hoje, agora, nesse momento, lamentar no seu blog.
    Muah!

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